2o Fórum de Cooperação Financeira Brasil-China ocorreu em São Paulo — Ministério da Fazenda

16/09/2025 - [SAIN] 11ª Reunião da Subcomissão Econômico-Financeira Brasil-China da COSBAN

Realizou-se, nesta terça-feira (16/9), em São Paulo, o 2º Fórum de Cooperação Financeira Brasil-China, promovido pelo Ministério da Fazenda do Brasil e pelo Ministério das Finanças da China no contexto das atividades da 11ª reunião da Subcomissão Econômico-Financeira, instância da Comissão Sino-Brasileira de Alto Nível de Concertação e Cooperação (Cosban). O evento foi coorganizado pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Conselho Empresarial Brasil-China (CEBC) e Banco de Desenvolvimento da China (CDB), com apoio da ApexBrasil.

O Fórum foi concebido como uma plataforma para facilitar a interação entre agentes do setor privado e do setor público de ambos os países, a partir da troca de perspectivas sobre oportunidades e desafios na área de cooperação financeira, com os objetivos de aprimorar o entendimento mútuo das características específicas de cada sistema financeiro, sanar lacunas de informação visando diversificar o acesso a serviços e produtos financeiros, e extrair lições que possam apoiar resultados concretos.

O Fórum foi aberto pela secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, e pelo Vice-Ministro de Finanças da China, Senhor Liao Min. Na ocasião, reuniram-se cerca de 120 representantes de empresas e entidades de classe, ministérios, agências de governo e reguladores do setor financeiro.

“Fruto da parceria do Ministério da Fazenda do Brasil com o Ministério das Finanças da China, o Fórum tem como objetivo oferecer plataforma para engajar governo e setor privado. Nasceu como instrumento catalisador, a fim de identificar entraves e oportunidades, abrir caminhos e extrair lições a partir da experiência dos agentes econômicos que impulsionem o relacionamento bilateral”, destacou Rosito.

A primeira sessão do Fórum teve como tema “Compreendendo a Regulação Financeira e Destravando Oportunidades de Mercado”, abordando como a cooperação regulatória pode facilitar maior participação de empresas brasileiras e chinesas nos respectivos sistemas financeiros. Os setores de seguros e resseguros foram um dos focos da discussão, que teve como objetivo o compartilhamento de informações para a superação de barreiras.

O segundo momento de interação teve como foco a conectividade dos mercados financeiros, abordando como o acesso aos mercados de capitais, mecanismos de pagamento e instrumentos de financiamento podem promover maior conectividade entre os dois países, inclusive a partir do fortalecimento do uso de moedas locais no comércio bilateral.

Por fim, a sessão “Mobilizando Recursos Privados para Finanças Sustentáveis” tratou de oportunidades para ampliar o investimento privado em finanças sustentáveis. As discussões focaram em iniciativas brasileiras como o EcoInvest Brasil e a Plataforma de Investimento para Transformação Climática e Ecológica do Brasil (BIP), financiamento para recuperação de pastagens degradadas, bem como nas perspectivas de cooperação nos setores de energia e agrícola.

“Cada eixo do Fórum foi concebido para fomentar o diálogo bilateral, enriquecer as discussões e oferecer subsídios à agenda governamental, além de servir como espaço de troca e aprendizagem recíprocas”, complementou Rosito.

O 2º Fórum de Cooperação Financeira Brasil-China reuniu uma ampla gama de instituições dos dois países. Do lado brasileiro, além do Ministério da Fazenda, participaram representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), da Superintendência de Seguros Privados (SUSEP) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), a B3, o Banco do Brasil, a Bradesco Asset, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional das Seguradoras (CNSeg), a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), a Federação Nacional das Resseguradoras (Fenaber), a Suzano, a Vale, entre outros.

Do lado chinês, além do Ministério das Finanças, estiveram presentes a Administração Nacional de Regulação Financeira (NFRA), o Banco de Agricultura da China, Banco da China, o Banco BOCOM BBM, o Banco de Desenvolvimento da China (CDB), o Banco Popular da China (PBoC), a China Export and Credit Insurance Corporation (SINOSURE), a Comissão Reguladora de Valores da China (CSRC), a COFCO, o Haitong Banco de Investimento do Brasil, o ICBC Brasil, entre outros.

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