A subsecretária de Desenvolvimento Econômico Sustentável do Ministério da Fazenda, Cristina Reis, destacou nesta quinta-feira (11/9) a importância dos instrumentos financeiros que vêm sendo implementados pelo Governo Federal para ampliar o acesso a recursos globais de financiamento climático. Ela participou, de forma online, do painel Soluções de Financiamento Climático para o Brasil, realizado durante o evento Finanças Sustentáveis: Impulsionando o Futuro do Setor Produtivo, promovido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), em São Paulo.
“O Plano de Transformação Ecológica está completando dois anos e a gente tem a satisfação de ver que ele está se concretizando. Então, tem grandes anúncios acontecendo”, afirmou.
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Cristina ressaltou a aprovação da Taxonomia Sustentável Brasileira, que ocorreu no final de agosto. “É uma taxonomia que será adicionada para a sustentabilidade das entidades econômicas, dos ativos financeiros. E foi muito dialogada”, enfatizou, lembrando que o setor produtivo participou das discussões. “Em especial, cadernos de indústria de transformação, indústria extrativa, caderno rural, caderno de construção. A participação da CNI foi muito forte”, pontuou.
Entre os instrumentos em andamento, a subsecretária citou o EcoInvest, que já teve dois leilões. “Somados, eles tiveram uma cota de quase R$ 75 milhões de reais. O primeiro para setores diversos, o segundo destinados a áreas degradadas”, explicou. “E outros mais virão!”
Ela acrescentou que, em média, a cada R$ 1 investido por parte do setor público, R$ 6 a R$ 7 são obtidos do setor privado. “Esse é um instrumento muito interessante, que de cara já trouxe um aumento de recursos”, avaliou a subsecretária.
Perspectiva diferenciada
Outro instrumento utilizado são os Títulos Soberanos Sustentáveis, emitidos pelo Tesouro Nacional. “Em duas emissões, foram US$ 4 bilhões, redirecionados ao Fundo Clima, que, com suas linhas diferentes, para setores diferentes, tem condições mais interessantes de financiamento”, explicou.
Cristina Reis mencionou ainda iniciativas como o Brasil Mais Produtivo, o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e o Plano Clima. “Outros recursos estão sendo somados, não só de instrumentos de financiamento, mas também regulatórios, administrativos, fiscais e creditícios, e isso tudo traz uma perspectiva bastante diferenciada”, comentou.
Ao final, ela apresentou estimativas recentes que apontam para mais de 2 mil projetos de investimento em implementação, somando R$ 430 bilhões, vinculados à transformação ecológica no país. “Juntos, o Estado, o setor público, o setor privado, a sociedade civil em geral, estão, de fato, construindo esse futuro melhor, que passa pela industrialização, pela reindustrialização, mas nesse sentido positivo da sustentabilidade e da redução das desigualdades”, afirmou a subsecretária.
O painel contou também com a participação da Ceo da EB Climate e Chair do Grupo de Trabalho de Finanças e Investimentos para a transição da Sustainable Business COP (SB COP), Luciana Ribeiro, e da diretora de Mercado de Capitais e Finanças Estruturadas para a América Latina e Caribe do BID Invest, Natália Dias. A moderação foi feita pelo diretor de Relações Institucionais da CNI, Roberto Muniz.
Sobre o Novo Brasil
O Novo Brasil – Plano de Transformação Ecológica é a estratégia brasileira coordenada pelo Ministério da Fazenda para promover a transição para uma economia de baixo carbono, ao mesmo tempo em que aproveita os ativos e vocações do país na indústria, agricultura, energia renovável, infraestrutura, bioeconomia, ciência e tecnologia para construir um novo ciclo de desenvolvimento sustentável e inclusivo.
Faz parte da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC, na sigla em inglês) brasileira e se estrutura em um amplo conjunto de ações e meios de implementação financeiros, fiscais, regulatórios e administrativos para o alcance das metas.
Assista à íntegra do evento “Finanças Sustentáveis: Impulsionando o Futuro do Setor Produtivo”
Link da noticia – Ministério da Fazenda